
A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil gerou expectativas de que sejam retomadas as negociações para a ratificação do Acordo de Livre Comércio entre a União Europeia e o Mercosul (acordo UE-Mercosul), um tratado de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul (bloco composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). As partes chegaram a um acordo “de princípio” em 2019, mas, desde então, as negociações para a ratificação do tratado não avançaram.
Para dar voz às populações que serão diretamente – e indiretamente – afetadas pelo acordo UE-Mercosul e suas preocupações em relação às consequências caso o tratado seja assinado, o Fern, em parceria com a IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e o ISA (Instituto Socioambiental), promoveram uma série de consultas e entrevistas. Foram ouvidos representantes de organizações, coletivos e comunidades indígenas e tradicionais do Brasil, da Argentina e do Paraguai, totalizando 22 pessoas de 20 organizações locais participantes nos encontros.
Como resultado dessas consultas, nesta quarta-feira (01/02) duas iniciativas que servirão como fonte de informação para melhor compreender como os modos de vida, as produções, os direitos humanos e os perigos de alterações de suas regiões poderiam ser afetados pelo Acordo serão divulgados em um policy brief. O documento resume os principais temas abordados durante as consultas; e uma série de quatro entrevistas, realizadas no âmbito do projeto Amazoniar, com convidados de diferentes organizações da Argentina, Brasil e Paraguai.
Para mais informações, visite o site do IPAM.
Veja a primeira entrevista:
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